Ana Rita Rodrigues

WALALE Angola!
Nace en el Sur de Portugal en la década de 80. Desde temprana edad deambula por el país fuera, siguiendo al padre mecánico con espíritu aventurero.
En 2004 emigra por su própio pie a Barcelona. Estudia fotografía en el Istitut d´Estudis Fotográfics de Catalunya. Reportaje y paisaje son sus temas preferidos.
Insertada en el programa Mira y Piensa de la ONG española COOPERA, "WALALE Angola", traduciéndose en un saludo en el dialecto umbundu, es el  fruto de un viaje a Angola en el Verano de 2008, 6 años después de la guerra terminada en este país.
En una colección de 66 imágenes, la Infancia y la mujer son los grandes homenajeados en este trabajo. Ana Rita fotografía a miradas auténticas, integradas en sus entornos naturales, dando al espectador la oportunidad de sentir Angola en su estado más puro, real y emotivo.

 

Nesta exposição pretendemos transmitir algumas das sensações e constatações que vivemos durante o tempo que passámos em Angola. Muitas delas são chocantes mas precisamente por isso nos parece importante que se conheçam.

Voluntários de Coopera

 

A mulher

Com que idade é mãe a mulher angolana? Trabalha em casa e também no campo ou na cidade? Onde está o marido? A música é alegria e dançar paixão? Quem carrega a água cada manhã? Quantas sabem ler e escrever? Qual é a sua esperança média de vida? Como lidam com a falta de higiene e de cuidados médicos?

Entre 1997 e 2005, apenas 6% das mulheres angolanas casadas (entre 15-49 anos) utilizavam contraceptivos e os partos eram atendidos por pessoas especializadas em 45% dos casos; por cada 100.000 habitantes podiam contar com 8 médicos, ao passo que em Portugal, por exemplo, havia 342. Por cada 100.000 nados-vivos, morrem 1.400 mães em Angola (em Portugal 11); entre 1995 e 2005, 54.2% das mulheres (maiores de 15 anos) eram alfabetizadas ao passo que a percentagem de homens era de 82.9.

(Dados do Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2007/08 )

 

A infância

Com que idade se deixa de ser criança? Quantas podem frequentar a escola? Quando começam a trabalhar, seja em casa ou fora? Que brinquedos têm? Têm uma alimentação rica e variada? Quantas refeições têm ao dia? Estão vacinadas? Têm um quarto próprio ou uma divisão para toda a família?

Um islandês que nasça hoje tem à partida uma esperança média de vida de 81.5 anos, enquanto um português 77.7 anos e um angolano 41.7 anos. A Islândia é o país com maior nível de desenvolvimento humano entre os 177 países classificados. Ao passo que Portugal está em 29º lugar na lista e Angola em 162º.
Enquanto que na Islândia e em Portugal a percentagem da população menor de 15 anos em relação ao total é de 22.1% e 15.7%, respectivamente, em Angola é de 46.4%.
Em Angola, no ano de 2005, só 45% das crianças estavam imunizadas contra o sarampo, na Islândia 90% e em Portugal 93%; 51% dos menores de 5 anos nascem com uma altura inferior a média para a sua idade e 2% das crianças até aos 5 anos usam mosquiteiro com insecticida.

(Dados do Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2007/08 )

Índice de Desenvolvimento Humano é uma medida utilizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que tem em conta tanto parâmetros sociais (longevidade e nível de educação) como económicos (PIB per capita).

 

Voluntariado em Angola - Coopera 2008

A Coopera é uma ONG espanhola com sede em Logroño (comunidade de La Rioja) fundada em 1994, que acredita na educação como motor de desenvolvimento.

A Coopera desenvolve projectos de apoio ao desenvolvimento em Angola (Lubango e Tômbua) desde 2003. O apoio prestado é através de um projecto de apadrinhamentos ao longo do ano e de campos de trabalho durante o verão.

A exposição apresenta as fotografias feitas durante um campo de trabalho no verão de 2008. Foram tiradas em Hoque, Tombwa, Lubango e Luanda.

O campo de trabalho realizou-se em dois turnos, o primeiro, em Julho, em Hoque – uma pequena cidade no interior do país. Aqui, as voluntárias, oriundas da Galiza e de Portugal, prestaram apoio na área da saúde, quer através de formação como de cuidados médicos. Também deram formação para formadores.

O segundo turno realizou-se em Agosto, em Tômbua, uma povoação costeira no sul de Angola, que foi um importante porto de pesca. Nesta cidade, os voluntários 
(de diferentes nacionalidades: alemã, inglesa, portuguesa e espanhola) deram aulas de inglês, higiene e saúde e informática. Além disso, realizou-se também o acompanhamento do projecto de apadrinhamentos, que decorre há já cinco anos e do projecto de micro créditos que iniciou em 2007.

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